Terapeuta Gestalt, baseada em Lisboa. Facilitadora de grupos. Imigrante. Mãe. Entusiasta da abordagem não verbal em psicoterapia. Gosto de criar diálogos entre a Terapia e a Arte.
vida em movimento e encontro Gestalt
Nasci na antiga Jugoslávia, na Bosnia, cresci em Belgrado, e saí da Sérvia há 20 anos. Desde aí vivi na Holanda, no Quénia, no Chipre. Cheguei a Lisboa em 2007 para trabalhar como investigadora na área do ambiente em que me doutorei e trabalhei muitos anos como gestora de projetos.
A terapia Gestalt (pós-graduação em Psicoterapia Gestalt na Associação Portuguesa de Gestalt) foi o reencontro com o meu lugar. Resgatar as minhas partes esquecidas ou adormecidas enquanto profissional das outras áreas. Principalmente, sentir que o meu corpo é a minha casa, a minha base. A respiração, as sensações, a intuição e a consciência.
Fui mãe antes de começar a formação em terapia Gestalt. A abertura de coração, um fluxo da alegria e de expansão, mas também das inseguranças foram as sensações mais fortes. A terapia Gestalt ensinou-me a apropriar-me dos opostos que estava a sentir, a usá-los para me esticar e ampliar como pessoa e assim ser capaz de ver o outro nas suas diferenças e na sua plenitude. O espaço - dar e ocupar - é algo que me importa muito.
não verbal
Tiveram um papel vital na minha vida o estudo da fotografia (4 anos no ar.co) e a dança (3 anos no Dançar com o Coração).
A fotografia ficou colada no meu interior mais íntimo e acredito que fez de mim uma terapeuta melhor, capaz de acolher o outro na sua 'câmara escura'. Inspirada pelo este poder terapêutico, fiz a formação em Fotobiografia no Instituto de Psicoterapia Gestalt em Madrid.
A minha vivência de imigrante trouxe-me a consciência dos limites do verbal, da linguagem quando tentamos exprimir quem somos. A linguagem é um processo linear e não consegue acompanhar a complexidade e nuances das emoções, das sensações corporais, do nosso 'felt sense'. Tive sorte de ter o primeiro processo psicoterapêutico aqui em Lisboa seguindo o modelo da Análise Bioenergética. Nessa altura não sabia falar bem português. Longe disso. Mesmo assim, o meu corpo falou e foi o meu mestre no caminho de transformação que durou muitos anos. Esta experiência levou-me para dança terapia (Dançar com o Coração) e para criação do projeto Dança Gestalt. Atualmente, danço com o colectivo Pulsar - Companhia de Corpo (Música, Dança e Teatro em diálogo usando um único instrumento - o Corpo). Tive consciência do poder transformador do não verbal na minha vida e como terapeuta quero partilhar estas experiências.
entusiasmo
Tenho um interesse especial em acompanhar os imigrantes, expatriados, que buscam apoio de alguém que conheça as especificidades da experiência de viver fora do seu país, de ter mais do que uma casa e necessidade de 'descontrair' o conceito de identidade.
Trabalho também como facilitadora de grupos, isto é, facilitar os grupos nos seus processos de transformação. Criar formação prática sobre os tópicos que amo.
E gosto de criar o diálogo entre as artes expressivas e psicoterapia Gestalt. Como forma de facilitar melhor compreensão, menos linear, de quem somos.
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